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Caminho Livre para a inclusão do Deficiente Visual

 

Institucional

Logotipo do Movimento Livre. Consulte link descrição do site para detalhes.

Breve histórico do Movimento Livre

Em agosto de 2007, foi organizado um grupo de alunos com baixa visão e cegueira para participarem de um Curso de Introdução à Informática na instituição LARAMARA Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual, dentro de um Programa de Complementação Educacional para Jovens e Adultos – PROCEJA.

Foi oferecida para esse grupo uma grande oportunidade educacional e cidadã, no sentido de participar de um permanente trabalho de conscientização e respectivas práticas para que o deficiente visual percebesse, aceitasse e trabalhasse seus limites, a partir de novas aprendizagens.

Esse processo teve e, continua tendo, o suporte dos profissionais dessa instituição, oferecendo a esses alunos conhecimento técnico, psicológico, educacional e vivências realizadas com a competência de quem, há anos, se dedica a valioso e valoroso trabalho com a deficiência visual.

Essa equipe de profissionais oportunizou reuniões psico-sociais, entrevistas, palestras educacionais, eventos culturais e de lazer, bem como conhecimentos científicos atualizados na área de oftalmologia, sempre com o intuito da integração bio-psico-sócio-educacional, trazendo também conhecimentos atualizados para a inclusão do deficiente visual no mercado de trabalho, melhoria da qualidade de vida e inserção na sociedade.

Aquele pequeno grupo de alunos, cujo objetivo primeiro era o de aprender a utilizar o computador, foi, aos poucos e quase inconscientemente integrando-se ao todo, em um contexto maior dentro do PROCEJA, auxiliado pelos estímulos e grande solidariedade daqueles profissionais que, juntamente com os alunos, foram construindo um processo de socialização e aprendizagem, através das diversas atividades, inclusive nas áreas artísticas e socioculturais.

Foi esse processo que criou ao longo do tempo uma percepção de que, naquele pequeno grupo iniciante, existia uma diversidade de experiências de vida, com biografias que iam dos 17 aos quase 80 anos. Essa diversidade de vivências acrescida de níveis diferenciados de deficiência visual além de todos os estímulos e solidariedade já mencionados, foi provocando um desejo de maior conhecimento da própria deficiência, da deficiência dos colegas até chegar à curiosidade maior: de que forma, mais ampla, poderia esse grupo dar sua colaboração e apoio ao deficiente visual.

Nos intervalos das aulas, nas saídas de integração com alunos e funcionários na hora do cafezinho, finais de palestras ou eventos, foram acontecendo mini-reuniões desse grupo que se autodenominava Livre, visto que, naquele momento não pensava em qualquer organização mais planejada, não tinha ainda um eixo fundamental de trabalho para desenvolver. Somente a vontade maior de ir adquirindo e aprofundando relacionamentos com deficientes visuais e conhecer suas principais dificuldades ou necessidades.

No segundo semestre de 2008, com a boa acolhida do PROCEJA para nossas reuniões, foi decidido, também, haver reuniões em outros locais a fim de permitir a integração de interessados ao ‘Grupo Livre’, que não faziam parte do contexto educacional da LARAMARA. Foi nesse mesmo período que surgiu a necessidade da mudança da denominação de ‘Grupo Livre’ para ‘Movimento Livre’.

Quando a idéia de movimento foi aceita pelos participantes debateu-se como a palavra livre seria enfocada e sua representação dentro do ‘Movimento’.

O livre naquele momento, além de permitir uma abertura para tudo o que foi sendo construído depois, significou, também, uma Luta pela Inserção ou inclusão dos deficientes visuais com Vivência e Reabilitação pela Educação. Configurou-se aí o sentido da palavra LIVRE.

As reuniões foram ocorrendo até o momento em que foi sugerida e aceita a diretoria tríplice composta de Diretor de Estruturação, Diretora de Comunicação e Diretora Operacional, que pela sigla ECO, permitisse, sob aprovação dos participantes, as diretrizes e os rumos para o ‘Movimento’.

Com o aparecimento espontâneo dessa sigla, firmou-se o desejo nessa primeira diretoria com mandato de seis meses, de que ecoasse dentro dos membros ativos, uma sintonia para tudo o que viesse ocorrer.

Foi criado um roteiro de ações e tarefas e submetido à aprovação de todos, sendo as principais:

  • Estruturação do Movimento;
  • Estruturação do site;
  • Estruturação da hospedagem do site;
  • Organização de um Regimento Interno;
  • Debate e criação de normas e regras de conduta;
  • Comunicação entre os membros ativos, em reuniões presenciais, comunicações por e-mails e telefone, cruzando todas as informações, interações e ações entre os membros do grupo;
  • Operacionalizar a organização e participação em eventos relacionados à educação, cidadania, legislação, cultura, acessibilidade, informática, turismo e lazer, bem como capacitação para voluntariado.
  • Distribuição das ações e tarefas em subgrupos, com cronograma e prazos para sua execução
  • Pesquisa e capacitação para os voluntários do ‘Movimento’, com planejamento para nova entrada de voluntários e respectiva capacitação.
  • Prestação de assessoria profissional relacionada à deficiência visual;
  • Organização de palestras, cursos e eventos;
  • Formação de equipe interdisciplinar para prestação de serviços, como voluntariado ou profissional, com remuneração;
  • Divulgação de informação sobre a deficiência visual aos deficientes, familiares e simpatizantes, virtual, por telefone e presencial.

À medida que foram emergindo as potencialidades de cada integrante, firmaram-se as responsabilidades por áreas e itens a serem desenvolvidos apresentadas no site do ‘Movimento Livre’.

Inicialmente, estão em desenvolvimento: educação, acessibilidade, informática, turismo, capacitação para o voluntariado, legislação, cultura, pesquisa, lazer, artes, reportagens e notícias, divulgação de informação verbal, escrita e virtual, aprendizagem e parcerias com instituições que desenvolvem seus trabalhos com a deficiência visual, bem como participação em feiras e eventos relacionados à inclusão do deficiente visual.

Até agora, o ‘Movimento Livre’, cuja maioria dos membros é de pessoas com baixa visão e cegas, está passando por uma experiência individual, grupal e social. Existe o empenho em continuar uma luta iniciada antes de nós, por aqueles que permitiram avanços e conquistas. Avanços e conquistas considerados por muitos como iniciais e lentos, mas para nós, de grande valia. A todos eles rendemos a nossa homenagem e gratidão.

Nossa intenção é dar continuidade a essa luta, pois há muito ainda a se realizar em São Paulo no país, para expandir a cidadania e inclusão, que sabemos, só poderá crescer com aqueles que vivem e conhecem suas necessidades reais; por aqueles, cujo desejo fundamental é o de trabalhar e lutar pelo avanço da inclusão de quem tem algum tipo de deficiência, mais propriamente denominada necessidades especiais. Os limites criados pela baixa visão e mesmo pela cegueira, são insuficientes para descaracterizar um ser humano em sua completude.

A Diretoria

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